Mas voltando ao assunto educação, tanto escolas públicas quanto escolas particulares têm um desempenho abaixo do que elas deveriam de fato ser. Cada uma delas falha em estimular o aluno a desenvolver um pensamento de fato crítico, preparando para a vida muito mais do que para um vestibular apenas. E pelas limitações que existem, cabe aos pais manter os filhos interessados nos estudos, aumentando a chance deles absorverem conhecimento e terem chances maiores de ter um futuro promissor.
Porém, verdade seja dita, algumas crianças parecem simplesmente não terem nascido para estudar. Nesses casos, é necessário um esforço maior dos pais para que as crianças estudem e mantenham inclusive os deveres de casa sempre em dia. Veja as dicas que preparamos para estes casos, e saiba como estimular o espírito de estudo no seu filho.
Segundo um estudo realizado por pedagogos que analisaram o padrão de educação dos tigres asiáticos - que agora está no 1º lugar no ranking de melhores do mundo - e a educação nos países escandinavos - que ficaram durante 5 anos como o melhor padrão de educação do mundo, as formas de estimular o estudo entre as crianças mudou muito nos últimos anos.
Enquanto em países como Finlândia e Noruega o estudo estimula um pensamento mais livre, abrangente e criativo, países como a China focam em um aprendizado muito mais direcionado aos resultados. Na prática, os dois padrões de ensino, completamente diferentes em suas raízes, geram o mesmo tipo de resultados: alunos excelentes, com desempenho acima da média mundial e capazes de um desenvolvimento maior durante os anos letivos. E o que aprendemos disso? É que não importa tanto o padrão de estudo utilizado, mas sim a experiência que os alunos terão com ele.
Quando falamos de experiência, queremos dizer de absolutamente tudo: como eles enxergam os professores, como eles se comportam frente os desafios da lição em casa, dos trabalhos e das competições interclasse e interescolas. Do relacionamento com os colegas e como as crianças percebem os estudos em geral. Um exemplo deste tipo de experiência é o seguinte: lembre-se de uma matéria que você gosta. E agora, pense em um professor que dava ela para você. A associação de um bom professor com uma boa matéria faz toda a diferença para o desempenho dos alunos. Então, para a criança gostar de estudar em casa, mantendo as tarefas de casa sempre em dia, é preciso estimular este tipo de experiência positiva.
Como não conseguimos decidir o tipo de professor, ou pelo menos não temos um contato tão grande com eles para saber se nossos filhos gostam ou não deles, é preciso fazer a nossa parte fora da escola e dar o exemplo para que as crianças sintam prazer em estudar, fazendo todas as lições de casa e nunca tendo a atenção chamada por este tipo de coisas. Para isso, temos algumas dicas:
• Converse com a criança sobre seus estudos - pergunte sobre as atividades que a criança deve fazer, depois, mostre interesse nos assuntos e questione de maneira indireta sobre o que a matéria dizia. Fazer a criança explicar aquilo que ela estuda ajuda ela a não decorar, sendo que ela sentirá cada vez mais prazer em mostrar o que aprendeu quando questionada. Se ela está aprendendo a somar ou dividir, peça para ela ajudar com alguma conta. Se o assunto é química, tente perguntar alguma fórmula ou leia em algum ingrediente da cozinha a sigla dos elementos e pergunte para ela o que significa. Vendo a utilidade prática do conhecimento, é mais fácil ela sentir interesse nos estudos;
• Há tempo para brincar e tempo para estudar - não adianta forçar a criança a ficar muito tempo se dedicando a uma coisa só, mas estimule que ela estude por um período diário. Reservando um horário para as atividades, ela vai se acostumar a ter um relógio de estudos, o que ajuda a criar uma rotina. Um ponto importante nestes casos: não fique o tempo todo do lado dela. Principalmente crianças pequenas tendem a se desvirtuar, e se você estiver ali o tempo todo para ajudar, ela vai precisar o tempo todo da sua ajuda. Deixe ela quebrar a cabeça um pouco, indo atrás de respostas.
• Recompense o desempenho dos estudos - leia esse tópico com atenção e não exagere na recompensa. Em uma semana pré-prova, ou com trabalhos importantes para se entregar, apoie o estudo da criança, fazendo ela se sentir confortável para estudar ou realizar a atividade necessária. De vez em quando, combine com ela algum prêmio de acordo com o desempenho dela, o que pode ser um brinquedo, um passeio ou algo que ela queira. Mas não faça disso um hábito, pois a criança deve estudar por prazer, não por um prêmio. Realize esse tipo de “acordo” apenas em casos importantes. As semanas pré-prova, por exemplo, podem ser uma boa.
• Estude junto com ela de vez em quando - lembra que falamos para deixar a criança estudar um tempo sozinha? Também é importante fazer o contrário, e estar ao lado dela para ajudar. Mas como saber a hora certa para cada coisa? Simples, dê preferência por estar com a criança na hora de realizar trabalhos que exija criatividade, e tente manter ela sozinha na hora de conteúdos mais técnicos. Não estamos falando para ficar com a criança quando tiver trabalho de artes e abandonar quando tiver que estudar para a prova de trigonometria. Mas situações como conceitos de números primos, grau de acidez do elemento, verbo to be e capitais do país e do mundo por exemplo podem ser mais fáceis de aprender conversando com alguém do que o uso da crase, a trigonometria e as formações geográficas. Nem é preciso dizer que, para estar junto com a criança, vale à pena uma pesquisa sobre o assunto, não é?
• Inspire a cultura em seus filhos - se você não demonstrar que os estudos e a cultura é algo importante, seus filhos não vão perceber isso por si próprios. Portanto, estimule o pensamento livre desde cedo. Como fazer isso? Leve ela para realizar atividades culturais em locais como museus, livrarias e outros ambientes criativos. Preferencialmente, utilize ambientes de estímulo da criatividade interativa, onde um interesse maior pode ser despertado. Além disso, se a criança está aprendendo sobre algo próximo à sua casa, por que não levá-lo lá? Se o assunto é história da arte, leve-o ao museu. Se o assunto é inglês, que tal levá-lo ao cinema para ver um filme legendado? Criar experiências estimula o aprendizado. Essa é uma regra constante.
De tudo o que citamos sobre os estudos, nem é preciso lembrar que acompanhar aquilo que as crianças estudam é indispensável, certo? Isso significa que você terá que voltar à época da escola se quer o seu filho dedicado e interado nas lições de casa. Por isso, esteja sempre por dentro daquilo que seu filho aprende. Questione sobre o que ele acha que está sendo difícil, fale das suas próprias dificuldades nos tempos de colégio e daquilo que você era melhor.
De acordo com aquilo que a criança está estudando, vale à pena fazer uma pesquisa ou outra na internet e relembrar ou aprender aquilo que ela está descobrindo. Eventualmente, haverão dúvidas que você pode não saber responder. Não se desespere, seja honesta, fale que você não sabe e peça para questionar o professor. Essas, na verdade serão boas oportunidades para depois você pedir que a criança te explique, mostrando para ela que outros dependem do conteúdo que ela está aprendendo. E assim, aprendendo e estimulando o aprendizado diário, será cada vez mais fácil deixar a criança entretida com os estudos. Seja na escola, seja na hora de fazer as lições de casa.